Bons ventos sempre chegam, por Pedro Souza

Foto: Moacir Gaspar / www.somosgaloucura.com

Parece que foi ontem em que ajoelhávamos no chão, e pedíamos pra que essa má fase alvinegra que durara anos passasse logo. Parece que foi ontem que superamos gozações de rivais e o mundo inteiro dizendo que não conseguiríamos e voltamos pra primeira divisão de cabeça erguida.
Ainda com um pé atrás, o Atleticano não consegue esconder a euforia e explode quando o assunto é seu time. O bom momento do time do coração, torna o alvinegro um "jovem apaixonado". Traz de volta o sorriso no rosto o dia inteiro, a energia para se levantar e ir trabalhar, a ansiedade para ler e ouvir noticias sobre o amor que o faz suspirar ao imaginar como será o próximo encontro.

Foto: Moacir Gaspar / www.somosgaloucura.com
Brigamos, vaiamos, pedimos "Vergonha na Cara", cobramos. E no fim parece estar dando resultado. A pressão vindo da arquibancada deu uma mexida no astral do elenco que passou a jogar no embalo dos momentos de apoio e hoje joga com a raça que se deve. Isso não quer dizer que a cobrança teve fim, pelo contrário, isso mostra que a cobrança tem sua hora certa e na cabeça do Atleticano apaixonado realista será até a vinda do Título. Cheguei a comparar a busca por esse título aqui mesmo, com uma guerra que estava para começar e nem imaginava que guerra estaríamos para cravar. Com a vinda de Ronaldinho Gaúcho, metade do país com apoio da mídia se voltou contra o Atlético apenas pelo fato de o mesmo Ronaldinho estar brigado com o queridinho da TV Brasileira, Flamengo. Qualquer outro clube ou torcida, julgaria tal situação como um calvário, e um passo para a derrota. Mas não quando se trata de Atlético Mineiro. A Guerra mal começou e já temos mais um inimigo,dos grandes confesso, mas não tão grande quanto a vontade de cada alma atleticana doada em prol desse clube a cada batalha que enfrentaremos esse ano. E confesso que o  Atleticano hoje,vê o Brasileirão exatamente como um Galo, que mandando em seu terreiro vai bicando o milho de grão em grão espalhado pelo chão, onde os clubes ainda agarrados na espiga ( a mídia ) são os alvos principais. Teremos que ter paciência, vão querer nos roubar dentro de nosso terreiro e principalmente fora dele, irão nos derrubar nas palavras para o mundo e nos colocar no ultimo nível de merecimento.
Porém,quem são eles? Em fase nenhuma de nossa história nos demos por vencidos, em momento nenhum abandonamos o barco por maior que fosse o temporal. Hoje a briga é maior, a Guerra é GIGANTESCA e grandes conquistas só aparecem,quando grandes batalhas são vencidas."Contra tudo e contra todos" é a frase do ano, chegou a nossa hora, a hora de resgatar ídolos e trazer títulos.
O mesmo  ídolo que a tempos a massa é carente,  que nos faz falta nos times dos últimos anos, e é comparado a falta que nos faz um grito de campeão entalado na garganta. Digo ídolos como Reinaldo, Dadá, Marques... ídolos que nem Diego Tardelli com todo seu amor declarado ao clube até hoje, conseguiu alcançar.  No meu ponto de vista depois de muitos anos, o único que tem um "potencial" a chegar lá nesse atual elenco é Pierre.
Foto: Moacir Gaspar / www.somosgaloucura.com
Há anos não vimos jogador com tamanha vontade, e que se identificasse tanto com a história do clube e da torcida. Você sente a sintonia com o jogador, a cada lance de raça em que ele se levanta chama a massa e bate no braço mostrando o sinal de raça. Porém não é fácil se tornar ídolo de uma torcida assim. Muitos chegaram com status de ícones, no ponto de bala pra deitar nos braços da massa, e no fim os mesmos braços que queriam sustenta-los,foram os que empurraram para fora. Ronaldinho Gaúcho chega não só como ícone do futebol, chega como uma das estrelas maiores desse planeta bola. Não estamos falando de Diego's, de Carvalho's, ou de Guilherme's, estamos falando do Futebol que há pouco mais de 2 anos atrás se resumia em Ronaldinho. 
Feliz daquele que em uma madrugada de 10 anos atrás, virou a noite acordado para ver um garoto de 22 anos bater uma falta e fazer um gol impossível que daria a classificação a seleção Brasileira na copa do mundo. Feliz daquele que viu Ronaldinho ser maestro de uma seleção Penta Campeã mundial. Feliz daquele que viu o dentuço fazer a torcida do Real Madrid se levantar ao fim do jogo e o aclamarem em palmas após  fazer 2 gols jogando pelo Barcelona dentro do Santiago Bernabéu. Feliz daquele que vê um jogador dessa importância chegar no clube depois de tudo e dizer que foi aqui que ele escolheu para retomar a felicidade de trabalhar. A importância de tal jogador para um planeta chamado futebol é imprescindível e para alguns como eu, vê-lo com a camisa alvinegra ainda parece um sonho ou um tipo de brincadeira, a ficha do Atleticano ainda não caiu. Assim como Pierre, Ronaldinho acende a esperança da torcida carente de ídolos por um responsável pela felicidade. Que os bons ventos cheguem completos,que tragam ídolos, que tragam títulos, por que esse povo merece.   

Pe

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