Por Pedro Souza : O Baluarte de uma nação


Garanto que todos os Atleticanos que tiveram que parar de frente a uma tela em branco pra escrever sobre esse time essa semana , tiveram a mesma dificuldade que eu tive pra começar esse texto de hoje. Não só por ainda eu ser um leigo no assunto, mas é que as palavras em minha cabeça nesse momento andam tão desacreditadas quanto o coração do torcedor.

Digo isso porque os números e os fatos não mentem .
Atleticano,Cruzeirense,Flamenguista... Torcedor qualquer que entenda um minimo de futebol , jamais imaginaria uma final de campeonato com o Galo em Campo , em um estádio novo , com apenas 14 mil pessoas. A torcida aos poucos se transforma, e os mandatários do clube visam tal mudança repentina como algo normal ou passageiro.

Confessemos cada Atleticano , que nosso maior medo era a chegada deste dia. Em que sentiríamos orgulho de carregar essas cores apenas quando olhássemos pra trás e parássemos vendo e viajando anos e anos no que um dia fomos , e quando acordasse lembraríamos que nosso presente é tão confuso numa batalha entre amor e  tristeza quanto nosso futuro é completamente obscuro. Tão obscuro que nem o mais próximo dos nossos dias é fácil de se enxergar.


Em meio a protestos e insatisfações da torcida , temos um time invicto que joga por um empate para ser campeão no domingo. Sou daqueles que vai comemorar sim , apesar da pouca empolgação, e acho que a massa devia fazer a festa pelas ruas caso o título venha por que ela merece. Merece mais , muito mais é lógico , mas um título nesse momento por menor expressivo que seja nos daria um ar a mais e renovaria aquele amor que está meio baqueado pelos desgostos acumulados. O mesmo sentimento que atravessa longos 104 anos e hoje , em minhas comparações lembra aquele homem que é chutado pra fora de casa pela mulher e por orgulho não pede pra voltar, mas espera um esboço de sorriso pra correr para os braços da amada.

Esse é o sentimento da massa hoje , as lágrimas dos últimos anos junto ao orgulho cansado do amor não correspondido , está aos poucos nos colocando pra fora de casa. Mas no fundo bem la no fundo de onde tiro forças pra escrever hoje , está a tão falada esperança Atleticana que de mãos dadas a esse amor que nunca morre aguarda um sorriso pra voltar de braços abertos a sua eterna paixão.

Por : Pedro Souza









Tags: ,