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| Foto : Gabriel Castro / Observatório do Esporte |
Leva-se um tempo para botar a cabeça no lugar e começar a perceber o atual momento em que vive essa nação. Estive calado nessas semanas por ainda não ter absoluta certeza se devo pular de ponta nesse bom momento, ou aguardar com um pé atrás para quem sabe lá na frente, explodir em um só sentimento de alegria e alívio. Em meio a essa renovação de esperança, confesso a vocês que cheguei a pensar que mais uma vez morreríamos na praia, após as falsas noticias do nosso fraco jornalismo. Mas acreditem, hoje estou mais esperançoso do que nunca.
Horas antes a partida contra o Vasco, sai de casa desanimado e ao mesmo tempo ansioso. Cheguei no estádio e aflição já havia começado. Procurava um lugar para ficar na arquibancada, enquanto a cabeça há mil tentava entender por que tanta polêmica ás vésperas de uma partida tão importante na nossa caminhada.
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| Foto: Gabriel Castro/Observatório do Esporte |
Bastou um lance, para que as lágrimas brotassem do meu rosto em meios aos gritos de GOL, e a esperança se fortalecer outra vez. Fiquei estático segurando a emoção que não me aparecia desde o ultimo gol do Marques, até aquele " Vencer vencer vencer..." ecoar das arquibancadas mais alto do que nunca.
Não só retomei a esperança como a vontade junto aqueles milhares que ali estavam, de lavar a alma no fim dessa guerra.
Vão precisar de mais para derrubar esse exército, que a cada vitória estão mais fortalecidos.
Eles sabem da nossa força, eles conhecem nossa vontade, e pior que isso... ... eles temem nossa união. Vão tentar daqui pra frente nos desestabilizar, vão tentar quebrar as correntes que nos unem ao time e nos colocar contra o que mais amamos. Mais esse ano NÃO! Podem ter conseguido anos atrás, podem ter virado as lideranças contra nossa pátria, mas esse ano é contra TUDO, é contra TODOS.
Tropeços virão, não é só de vitórias que se ganha uma guerra, principalmente quando o exército esta acostumado a ter glórias derrubando adversários com o peito aberto, na raça, no sofrimento. È a naturalidade da filosofia de nosso povo, nada vem fácil.
E mesmo se viesse, não teria graça, não seria Atlético Mineiro.
Faltam 21 batalhas, o caminho é árduo e os inimigos vão vir cada vez mais na defesa, cada vez mais reforçados pela vontade de derrubar o mais forte e acompanhados por "forças ocultas". Eles virão com apoio de trinta, vinte, MIL. Mas ali dentro de campo somos onze.
Onze representando Oito Milhões.
Onze representando Oito Milhões.
Oito milhões que carregam a anos o cansaço de representar onze.
Não vamos nos abater, nossa caminhada até aqui foi longa, destruímos de más administrações a falsos ídolos, de jogadores de corpo mole a arbitragens tendenciosas, de tropeços a quedas inapagáveis.
Tudo isso pra ter a chance de escrever uma nova história, de colocar nosso sentimento maior no lugar onde sempre sonhamos vê-lo!
Hoje vamos ao campo de batalha mais uma vez, a tática de guerra é a mesma, os ânimos estão a cada dia mais renovados, a arma principal é a voz, e o inimigo mais que ninguém conhece nossa revolta quando queremos conquistar uma guerra.
Hoje vamos ao campo de batalha mais uma vez, a tática de guerra é a mesma, os ânimos estão a cada dia mais renovados, a arma principal é a voz, e o inimigo mais que ninguém conhece nossa revolta quando queremos conquistar uma guerra.
