(Foto: Moacir Gaspar/Loucos pelo Galo) |
E tudo
começou no dia 08/02/1996. Nascia a princesinha linda, aos olhos daquele avô
tão apaixonado. Ela não era uma neta qualquer! Era a primeira neta e com
certeza a única.
Aquele avô também não era um avô qualquer. Aquele avô era
apaixonado pelo Clube Atlético Mineiro.
Ao
saber do nascimento de sua princesinha, a primeira coisa que ele fez foi correr
pelas ruas de Governador Valadares atrás de um uniforme pra bebê, feminino do
Atlético. Ele queria que sua princesa saísse daquele hospital completamente
uniformizada. E ela saiu...
O avô apaixonado,
sempre levava sua princesa ao estádio. Aquela menininha, tão pequena, infantil
e imatura seguia os passos do avô. Gritava, cantava e chorava.
Foi no
dia 24/04/2006, no Mineirão em Belo Horizonte que aquela menininha percebeu o
que era amor. O que era um time. E entendeu o porque daquela torcida chorar e
gritar tanto. Sim, era série B. Mas e daí? A torcida estava ali, apoiando, chorando
junto, vibrando junto. E no meio dessa torcida, estava seu avô. Ela o via
chorando, quando time do coração perdia. Ela o via rindo, quando seu time
ganhava. E ela ria e chorava junto. Era jogo do Galo e automaticamente os dois
já iam pro estádio, ou sentavam na sala pra vibrar.
Os
anos se passaram e o amor daquela menina só aumentava. E o orgulho daquele avô,
então? Ela valia muito mais do que qualquer neto.
Mas em 2008 começava uma luta sem fim. Aquele
avô passava por uma barra, uma doença grave. E ele faleceu no dia 31/07/2008...
Aquela
mulher, voltou a ser aquela menininha. Quem poderia amar tanto o Atlético
quanto ela e aquele avô? Quem vibraria com ela, nas vitórias? Quem choraria com
ela, na derrotas? Ninguém nunca iria suprir aquele vazio, que o avô deixou . Os
dois primeiros meses foram difíceis para aquela mulher. Mas ela levantou a
cabeça e pensou: “O orgulho dele, era eu torcer pro Galo. Por que estou me
afastando, do time que mais amo? Por que não estou deixando, onde meu avô
estiver, com orgulho?” E ela voltou. Voltou a ir no estádio. Voltou a torcer.
Voltou a apoiar.
Hoje
essa menina olha pro céu e agradece a Deus por ser atleticana. Por ter tido
aquele avô tão maravilhoso, tão parceiro, tão cúmplice, tão amigo... Ela agradece
todos os dias e reza. Reza pelo avô e reza pelo Galo.
O amor da menina
só cresce. E o time também.
Ela torce pro
Clube Atlético Mineiro. Ela torce por amor. Ela torce pro maior!
“Se houver
uma camisa branca e preta pendurada no varal durante uma tempestade, o
atleticano torce contra o vento!”